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terça-feira, 7 de junho de 2011

Moço-Anjo e Lilith

Moço-Anjo e Lilith
Essa historia, eu ouvi de um misto de moço-anjo que conheço e é grande amigo, aquele que na casa me da abrigo, já era muito amigo antes mesmo de conhecê-lo, ele tem coração macio, letrado e educado, por esta razão e outra quando me contou minha atenção levou.

Hoje mora lá pras bandas da grande cidade, mas esteve em paragens diversas em Minas, na região de Poços de Caldas, num lugarzinho de nome Pocinhos do Rio Verde, e lá viveu por um tempo, sabia que neste lugar, moças bonitas e solteiras são muitas a olhar. 
Mas aos poucos bebericando no único empório que havia, escutou sobre uma moça que morava na conhecida Mata da Ferrugem, nome que sempre imaginou e descobriu depois a razão, dois pinheiros antigos, pinheiros do brejo que no outono se enferrujam, para aguardar o inverno chegar.
Para lá ir tem um caminho muito belo, arvores e passarinhos a cantar.

 Por lá o amigo, moço-anjo acostumou a passear e ali a imaginação fluía e a prosa ele escrevia e todos o avisavam, sobre a moça-mulher e bruxa e nos dias de outono as folhas caídas no chão, o encanto do meu grande amigo dominou, um dos mais velhos homens, num dia especifico falou:
- Hoje moço é solstício, faz um favor se tranca em casa e na Ferrugem não vai não!
Intrigado e curioso perguntou?

- O que tem nesta noite além de ser longa e friorenta?
O homem relatou que a moça-mulher é bruxa, na noite abre um livro e dança!
Agora meu amigo, o sentido aguçou!
O que acontece então?
Ela, dizem os antigos, que é Lilith um horror!
O livro aberto é para que se o verdadeiro homem e macho for atraído nesta noite e o coração for escolhido, Ela fica feliz e descansa da procura, diz que faz mil anos, outros que eterna a anciã e a procura.
Meu amigo que crença tem, mas agora conhecimento, neste dia não saiu, esperava em casa o fim da luz e vigiou o crepúsculo noite iniciou.
Caminhou lentamente, pensando, se era louco ou demente, se real ou ilusão de um povinho inculto e bom.
Quanto mais perto da Ferrugem, um som gostoso no ouvido, coisa de quem tem apreço, para ela era conhecido, pandeiro cigano, certeza de ouvido com memória. Numa clareira rodeada de gigantes eucaliptos, ele a viu e também foi visto, nenhum dos dois fizeram nada, ele recostou e com a retina cada cena fotografou, Ela tinha cabelos curtos dourados e brilhantes, que a luz do fogo focava, Ela bela e sensual dançando e sussurrando algo estranho, mas que era um mantra esplendido, estava naquele frio nua e o moço-anjo as curvas reconheceu, não havia um pelo a vista era escultura de primeira, lembrou as formas de Victor Brecheret, e a noite só começava e ela agora mais solta sensual suava e o pandeiro não largava, ele notou que realmente existia um livro em cima de uma pedra, que na lembrança ali não havia, curioso mais Ela a atenção merecia. O frio nele já não habitava e certa hora Ela parou ele gelou, pois na direção caminhava.
Ela disse:

-Não tenha medo!
Você pode ser escolhido
Neste exato instante a lua cheia os iluminava, automaticamente o relógio ele olha!
Ela diz é a hora, meia-noite, lua cheia e solstício!
Linda moça-mulher a ponta e pede a mão, à esquerda e o leva até o livro, uma pagina escrito algo, parecia egípcio e outra em branco vazia e limpa.

A linda bruxa olha e diz:

- Com a mão direita abra e a palma repouse no livro!
E a esquerda escolha um dos dois corações que tenho!

Primeiro meu amigo, repousou a direita no livro sentiu o calor e a mão na pagina colou, tentou em cão tirar, com a voz macia de quem domina, agora é tarde e tua vida vai mudar.
Assustado e preso ao livro, pesou que era sonho, quis acordar, fechou os olhos numa prece, logo por um riso gostoso foi interrompido, não adianta rezar.
Olhava e sentia um misto de medo com arrepio e desejo da mulher amar.
Ela calma e nos lábios finos, um dos dois caminhos você agora vai traçar, se um coração dos meus, for teu por destino, você vai me saciar e por um ano ou talvez mais feliz vai me deixar e contigo estarei presente, ajudando e protegendo e muito em tié para você coisas lindas realizando.
Mas se escolher errado pelo resto da sua vida, por mim será apaixonado, mas nunca mais me verá, e tudo, os sentidos, até a palavra, serão revirados, e a mistura em pouco tempo a loucura em ti vai morar.
Agora faça a escolha que Lilith quer te amar!
Olhou para o brilho impar, dos olhos daquele se e sentiu a mão quente da moça, as curvas da mulher linda, com a libido e sorriu, sabia que tinha 50% de chance, não pensou mais e abaixo do ceio esquerdo, sentiu o coração latente, sua mão direita foi solta e nos lábios Dela um sorriso autentico e safo, e ela nos lábios do moço-anjo, um beijo louco de sabor de mel e néctar e ali ajoelhou e rápida desnudou e no chão agora quente e a lua cheia presente, só se ouvia gemido alto de uma vadia presente, era 
Ela que tudo nele fazia, do jeito de divindade da noite, Ela de um jeito ardente agradecia cada orgasmo e o moço-anjo, se perguntava, como ele não cansava e durante a noite mais longa de Lilith foi o maior amante, um instante antes da primeira luz, da aurora inclemente, o ser sagrado deu de presente um anel, tirado do próprio dedo, ali declarou amor e proteção mesmo não presente e ao encontrar o outro dono do coração direito, tudo murada muito rápido nosso mundo e ao redor da gente.
E num piscar de olhos, moço-anjo sozinho e nu, mas com o seu maravilhoso presente.
Desse dia para frente, contou meu mais fascinante amigo, que seu destino sempre trouxe felicidade e harmonia e sabe que chegara o dia que Lilith vira contente trazendo o outro parceiro que anos ficou ausente.
Depois de contar o que me parecia um causo, me mostrou o anel que reluzia e do dedo nunca foi separado e ali esta, não era fantasia.
Heleno Vieira de Oliveira

São Paulo 05 de Junho de 2011

–  Escrito de uma só vez nesta tarde, para meu amigo e Ela, dia que me emocionei muito!









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